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Cultura

Abril Indígena: Boi Caprichoso realiza Ensaio Show em defesa da Amazônia e dos povos originários

O manifesto denominado “Murasi-sá – uma noite aos povos indígenas” foi protagonizado pelos itens cunhã-poranga Marciele Albuquerque e pelo pajé Erick Beltrão

Em sintonia com as lutas travadas no abril indígena, mês dedicado aos povos originários do país, o Boi Caprichoso realizou neste sábado (22 de abril), o Ensaio Show “Murasi-sá – uma noite aos povos indígenas”. A festa ocorreu no Curral Zeca Xibelão e foi protagonizada pelos itens cunhã-poranga Marciele Albuquerque e pajé Erick Beltrão, dois dos grandes representantes indígenas do bumbá no Festival de Parintins.

Os toadeiros do Caprichoso deram o tom no início da festa, acompanhados pela banda Canto Parintins. Às 23 horas, o tambores da Marujada de Guerra rufaram para anunciar o grande manifesto indígena da noite, com a aparição de Ira Maragua, ativista indígena da região do Alto Rio Negro, que trouxe para o palco um discurso de luta em favor dos povos originários.

O espétaculo musical do Murasi-sá foi comandando por Júnior Paulain e Edmundo Oran. Acompanhados pelos membros da Banda Caprichoso cantaram os grandes clássicos indígenas do bumbá, sobretudo da década de 90, das composições de Ronaldo Barbosa.

A cunhã-poranga Marciele Albuquerque, reconhecidamente Munduruku da comunidade Curuncuri de Juruti Pará, surgiu no meio do povo azul. Ela enfatizou a importância da noite dedicada aos povos originários. “É fundamental caminharmos em harmonia com os grupos indígenas do país, como a APIB e a COIAB nessa marcha em favor dos territórios tradicionais. Hoje nos reunimos aqui para reafirmar nosso compromisso com a luta dos povos indígenas”, ressalta.

O pajé do Caprichoso, Erick Beltrão, falou do trabalho do touro negro durante toda a temporada em defesa da Amazônia e dos povos tradicionais. “São pautas recorrentes levantadas pelo nosso boi-bumbá, lutamos na arena e também fora dela. Nosso canto, nossa dança será sempre pelo fim do genocídio indígena e pela autononia dos povos originários em todo o país”, destaca.

Fotos: Arleison Cruz

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