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Presidente do Corecon-AM aponta soluções para desenvolvimento econômico em tempos de emergência climática no Amazonas

Diante do nível recorde de vazante do rio Negro, que nesta segunda-feira atingiu a cota de 13,59 cm, o presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista, apontou a importância da BR-319 e da mecanização de processos para manter as atividades econômicas funcionando em tempos de emergência climática.

O economista destaca que a BR-319 desempenha um papel significativo para o deslocamento de pessoas e mercadorias que não conseguem se transportar pelos rios Madeira e Amazonas durante a estiagem. Com 885 quilômetros, é a única rodovia que liga os estados do Amazonas e de Roraima com Rondônia, e, consequentemente, com o restante do Brasil.

“O PrevFogo, a Força-Tarefa que reúne Presidência da República, ministérios, governo estadual e prefeituras, encontra enorme dificuldade de se mover. Faz muita falta uma BR-319 (Manaus-Porto Velho) com asfalto de qualidade. É a estrada que conduz a Autazes e Careiro Castanho. Quando os rios Madeira e Amazonas secam, os amazonenses dependem dela e é aí que se vê a importância que tem. Até porque, concomitantemente, Roraima também fica isolada”, afirma.

Outro importante instrumento para o funcionamento da economia no Estado, segundo o presidente do Corecon-AM, é a inovação de processos, por meio da mecanização para resolver impasses geográficos que os produtores rurais da Amazônia enfrentam. Para isso, é imprescindível que haja investimentos a longo prazo.

“Esse é também o tempo em que o caboclo faz uma escolha difícil: ou queima a mata para fazer o roçado da mandioca e outros produtos ou não tem o que comer no inverno. E o Governo do Estado e as Prefeituras Municipais lutam, desesperadamente, para tentar mudar esse modo de vida, o que só será viável enfrentando a geografia peculiar e oferecendo a alternativa da mecanização”, comenta.

Marcus Evangelista também enfatiza a oportunidade de alternativas econômicas no Amazonas, como a exploração do potássio em Autazes, que pode gerar empregos, renda e recursos para o enfrentamento das calamidades que a seca e as queimadas trazem para a população.

“A Potássio do Brasil está fazendo sua parte. Junta-se, em Autazes, à exploração do gás de Silves e Itapiranga, explorando o minério de potássio. Está pronta para contribuir na estruturação de uma alternativa econômica no Amazonas, melhorando a arrecadação de impostos, gerando empregos e criando oportunidades”, destaca.

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