Blitz Amazônico
Política

Senador Omar cobra investigação sobre origem de decreto que buscava mudar resultado das eleições

Parlamentar critica que nenhum incentivador e financiador de movimentos golpistas foi responsabilizado no Amazonas

A existência de uma minuta de decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ter sua origem investigada profundamente, defendeu o senador Omar Aziz (PSD-AM) nesta sexta-feira (13). O documento foi encontrado nesta semana pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres e tinha como objetivo mudar o resultado das eleições de 2022. 

Na avaliação de Omar, o documento deixa a situação do ex-ministro e do ex-presidente Jair Bolsonaro mais delicada, pois é uma confirmação dos anseios golpistas do grupo político derrotado nas últimas eleições. “Não tenha dúvida que esse documento compromete a situação do ex-ministro, pois ele vai ter que dizer quem fez esse documento, porque ele levou para casa para analisar, qual era o contexto do documento. Apesar do que ele tem falado, nada está nada fora do contexto nessa história. O Anderson Torres tem muito a explicar”, destacou o Senador do Amazonas.

Omar ressaltou que esta não é a primeira ação em que o Governo Bolsonaro tenta alcançar seus objetivos escusos por meio da ‘canetada’, já que esta foi a tônica da gestão passada. Aziz criticou ainda aqueles que pedem a volta dos militares no poder e reforçou o pedido de punição para qualquer pessoa que atente contra a democracia. 

No meu Estado (Amazonas) ninguém foi preso, mas tem muito coronel da reserva que estava incentivando, pedindo o golpe e estão aí soltos impunemente. Não interessa para mim se é civil ou militar: quem participou dessas manifestações golpistas e incentivou esses movimentos precisa ser responsabilizado”, completou Omar, ao lembrar que as Forças Armadas não constituem um poder e precisam estar à serviço da população brasileira.

De acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o estado de defesa é um instrumento que o Presidente da República pode utilizar, após ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, com o fim de preservar ou prontamente reestabelecer em locais determinados a ordem pública ou a paz social. O instrumento prevê a aplicação em casos graves de iminente instabilidade institucional ou em situação de calamidade de grandes proporções na natureza. A defesa de Anderson Torres negou que a autoria da minuta de decreto tenha sido do ex-ministro, mas não apontou sua origem.

Post Relacionado

Projeto libera R$ 231,7 milhões para Ministério da Justiça

Redator

Proposta de Roberto Cidade que incentiva iniciação científica como estratégia de fortalecimento da educação básica vira Lei

blitzamazonico

Elan Alencar diz que Amazonas Energia usa de ‘má fé’ com consumidores

Redação