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Saúde

Projeto para diminuir tempo de diagnóstico de infarto dobra atuação e distribui notebooks para 300 UPAS

A BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo passa a integrar projeto voltado à Boas Práticas na Atenção à Cardiologia e Urgências Cardiovasculares inicialmente conduzido pelo Hcor, no âmbito do PROADI-SUS


Maio de 2023 – O projeto Boas Práticas na Atenção à Cardiologia (BPC) e Urgências Cardiovasculares, realizado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), inicialmente conduzido pelo Hcor, passa a contar com a execução da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Com a entrada do hospital, a iniciativa dobra sua capacidade de qualificação do atendimento, passando sua atuação em 150 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e 15 hospitais para 300 UPAS e 30 hospitais, no total. Além disso, a nova parceria trouxe melhorias significativas, como o oferecimento de notebooks a todas as UPAS participantes para que as teleconsultorias cardiológicas possam ocorrer por vídeo, não somente por chamada, com o objetivo de garantir maior qualidade nas teleconsultorias.


Por meio da capacitação de médicos plantonistas via teleconsultorias e sessões de aprendizagem virtual, o projeto viabiliza um fluxo de atendimento mais ágil no SUS apresentando, só nos últimos anos, uma redução de 60% no tempo de intervalo entre a entrada de pacientes com suspeita de infarto e a realização de eletrocardiograma, principal exame para diagnóstico de ataque cardíaco. Dessa forma, a iniciativa viabiliza uma queda expressiva no tempo para o procedimento.
 

Camila Chiorino, coordenadora do projeto pela BP, explica que o grande diferencial que vem com a entrada do hospital é que as teleconsultorias cardiológicas passam a ser realizadas por plataformas de áudio e vídeo. “A iniciativa já está disponibilizando notebooks para que esta interação dos profissionais da BP e Hcor com a UPA seja realizada por plataforma de áudio e vídeo, além de acesso à internet para viabilizar a conexão, para que milhares de pacientes dependentes do SUS possam ser beneficiados”.
 

Camila Rocon, líder do projeto e cardiologista do Hcor, acredita que esse é um salto importante e essencial para os colaboradores dessas unidades públicas. “Como o projeto está em muitas áreas de vazio assistencial, o acesso a notebooks e internet é um divisor de águas. Os dispositivos estão sendo entregues e a orientação é que fique ligado em uma plataforma de colaboração remota para a hora que colaboradores dessas unidades precisarem, acionarem especialistas do Hcor ou da BP”. Dessa forma, a iniciativa também oferece discussão de casos entre os profissionais das unidades contempladas proporcionando uma rica troca de experiência. “A nossa expectativa é que este aprendizado seja passado para os outros colaboradores, que eles também sejam multiplicadores desse conhecimento”, conclui Camila.
 

As unidades públicas são selecionadas pelo Ministério da Saúde e apresentam uma performance geral saindo de uma mediana de 55 minutos no tempo porta-eletrocardiograma para uma mediana de 14 minutos, próximo ao tempo preconizado pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Já o tempo porta-agulha (chegada do paciente até o início da medicação de reperfusão da artéria ocluída) passou de 130 para 57, enquanto todas as unidades contempladas já passam a realizar, em média, mil laudos por dia, totalizando mais de 30 mil por mês (dados de novembro de 2022).


Sobre o projeto Boas Práticas Cardiovasculares

O projeto Boas Práticas Cardiovasculares oferece apoio às instituições públicas no desenvolvimento de estratégias e intervenções voltadas à melhoria da qualidade assistencial e segurança do paciente, com ênfase na realização do exame para diagnóstico do infarto agudo do miocárdio e arritmias cardíacas em um tempo reduzido. Além disso, a iniciativa promove a capacitação de médicos plantonistas, por meio de teleconsultorias e sessões de aprendizagem virtual, para a realização do laudo de eletrocardiograma e apoio à decisão clínica dos profissionais, favorecendo o fluxo de atendimento mais ágil no SUS.
 

Sobre o PROADI-SUS 

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS, foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil.

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