Visando à promoção da equidade às mulheres que trabalham no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), representantes dos sete estados da região Norte participaram, nesta semana, em Belém (PA), da Oficina do Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras no SUS. A titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), da Prefeitura de Manaus, Shádia Fraxe, representou o município no evento, que contou com mais de 300 mulheres ligadas a instituições de saúde, universidades e movimentos sociais.
Promovida pelo Ministério da Saúde (MS), com apoio do Hospital Sírio-Libanês, a oficina teve como objetivo debater e avançar na estruturação de Comitês de Equidade, de acordo com os Planos Estaduais de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, pontuando as ações já existentes e definindo as estratégias para fortalecer a equidade como conceito e prática no campo do trabalho em saúde.
Segundo Shádia Fraxe, o programa de promoção da equidade vem ao encontro do modelo de gestão de pessoas já adotado pela Semsa Manaus, que tem aproximadamente 12 mil servidores, dos quais 77% são mulheres. “Esse universo é diverso e representativo e trabalhamos diversas ações que têm como foco a integração, o respeito e a valorização das nossas servidoras. A partir do programa do Ministério da Saúde será possível incrementar e inovar nas práticas voltadas para a garantia da equidade entre esse público”, afirmou.
Conforme o Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras no SUS é uma iniciativa coordenada pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS) e faz parte do compromisso do governo federal com o enfrentamento das desigualdades de gênero e raça. O programa reconhece o papel do Estado como promotor e articulador de estratégias e políticas públicas que visam combater as desigualdades sociais.
As etapas de implementação do programa, realizadas por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), contam com a parceria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) e do Hospital Sírio-Libanês (HSL).
Ainda de acordo com o MS, as ações desenvolvidas no âmbito do programa devem ter impacto direto e indireto junto a mais de 2 milhões de trabalhadoras da saúde, além de contribuir com a formação de estudantes de cursos da saúde em todo o país.
O Ministério da Saúde assegura ainda que fazem parte dos objetivos do programa criar e ampliar as condições necessárias ao exercício da equidade, modificar as estruturas machista e racista que operam na divisão social do trabalho e enfrentar as formas de violência relacionadas ao trabalho.
Além disso, se espera com as ações do programa promover o acolhimento das trabalhadoras considerando seu ciclo de vida, garantir ações de promoção e reabilitação relacionadas à saúde mental e promover processos educativos relacionados à equidade de gênero, raça e etnia no âmbito do SUS.
Foto – Divulgação/Semsa