Como parte das atividades em comemoração ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, realizada nesta quinta-feira, 6/12, na Prefeitura de Manaus , por meio da Secretaria Municipal de Educação ( Semed ), realizou a abertura oficial da campanha de “Combate ao Trabalho Infantil”. O evento aconteceu na escola municipal Armando de Souza Mendes, localizada no bairro São José Operário, zona Leste.
Com o tema “Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro”, a campanha tem como objetivo sensibilizar a comunidade escolar sobre os perigos e impactos do trabalho infantil, além de promover uma rede de proteção para crianças e adolescentes da capital amazonense.
A abertura contorno com uma programação especial no auditório da escola, que envolve estudantes dos 8º e 9º anos do ensino fundamental. As atividades incluíram apresentações culturais como dança, carimbó, boi-bumbá e a exibição do vídeo “ Diário de uma trabalhadora infantil ” , que retrata a realidade de uma menina que era obrigada a renunciar à infância para cuidar de serviços domésticos.
Para a assessora da Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais ( Gacpe ), Sandra Damasceno, reforça a iniciativa o papel da escola como espaço de prevenção e conscientização.
“Essas crianças estão em um momento crucial de desenvolvimento e, quando submetidas ao trabalho infantil, correm riscos de atrasos cognitivos e emocionais. Algumas expostas são às piores formas, como exploração sexual ou tráfico. Por isso, a escola precisa ser um canal de informação e proteção, oferecendo conhecimento e consciência desde cedo”, acrescentou Sandra.
O diretor da unidade de ensino, Victor Magalhães, destacou a importância da escola como espaço fundamental de conscientização sobre o tema.
“A escola ajuda a evitar o trabalho infantil. Hoje tivemos uma palestra com esclarecimentos sobre o tema. Foi importante mostrar que, embora o trabalho de adolescentes em algumas condições seja permitido por lei, ele precisa de normas específicas. Esse tipo de informação precisa chegar aos nossos alunos. É essencial que eles tenham conhecimento e entendam os limites legais, principalmente porque muitos desconhecem o que configura trabalho escravo ou exploração”, ressaltou.
A estudante Rarívia Ferreira, de 14 anos, do 9º ano, relatou o quanto a atividade foi revelada. “Achei muito importante. A gente escuta que trabalha é bom, que ajuda a família, mas não sabia que muitas vezes isso é ilegal. Agora entendo que tem um tempo certo para tudo e que a gente precisa estudar primeiro para poder ter um futuro melhor”, concluiu.
Foto – Divulgação/Seme d