O Representante Regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na América do Sul, Jan Jarab, recebeu o defensor público geral, Ricardo Paiva, para ouvir detalhes do trabalho desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), especialmente em áreas habitadas por povos tradicionais. Paiva também apresentou as ações desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho Enchentes.
O encontro ocorreu nesta segunda-feira (13), na Casa da ONU Brasil, no Setor de Embaixadas Norte, em Brasília. Na ocasião, Ricardo Paiva discorreu sobre as ações desenvolvidas pela Defensoria em São Gabriel da Cachoeira, cidade mais indígena do Brasil, e as iniciativas do Polo Alto Rio Negro em favor da população Yanomami, no Amazonas.
Ricardo Paiva ainda falou sobre o trabalho desenvolvido por defensoras e defensores na capital e explicou como se dá a atuação da Defensoria em todo o interior do Amazonas. Também foi tema da conversa a preocupação em comum quanto à proteção de defensores dos direitos humanos na Amazônia.
“Temos uma boa parceria com a Defensoria Federal, mas também podemos desenvolver parcerias com as Defensorias estaduais, particularmente na Amazônia, no contexto dos direitos dos povos indígenas, que estão entre os mais ameaçados no Brasil, hoje”, disse Jan Jarab.
“Para a Defensoria do Amazonas, o encontro foi um marco importante para aproximar pautas que já defendemos da agenda de prioridades da ONU no Brasil, com olhar especial para o Amazonas, a fim de estreitarmos laços para futuras parcerias”, declarou o defensor público geral, Ricardo Paiva.
Na reunião, Paiva esteve acompanhado do coordenador de Projetos e Programas da DPE-AM, defensor público Rodolfo Lôbo, que deu detalhes sobre a participação da Defensoria na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-27), no Egito, ano passado. A DPE-AM foi a primeira e única Defensoria do Brasil convidada a participar da conferência.
Rodolfo Lôbo também pontuou a realização, em 2023, do evento “Amazônia Pós COP-27”, que já teve sua primeira edição e reuniu pesquisadores, ativistas e estudantes para debater sobre o futuro da Amazônia, a partir dos pontos discutidos durante a COP-27.