A cadela shih-tzu Gamora, de 2 anos (foto em destaque), deixou a casa de sua tutora para passar por banho e tosa em um pet shop de São José dos Campos, no interior de São Paulo, no sábado (18/11), e voltou com um corte na língua (veja abaixo).
A tutora, Priscila Graves, afirmou que o JK Pet Shop devolveu sua cachorrinha sem nenhum aviso sobre o acidente. Segundo Priscila, a língua da shih-tzu sangrava quando ela a segurou em seus braços.
“A proprietária [do JK Pet Shop] tratou o caso como se fosse comum, mandando levar para casa e dar água gelada somente. Isso é um absurdo e um perigo para nossos pets.”Play Video
A cadelinha nasceu com lábio leporino e, com o ferimento na língua, ficou com dificuldade para se alimentar e beber água, ainda de acordo com a tutora. A cachorrinha também foi levada ao veterinário, no qual lhe foram prescritos medicamentos.
Priscila registrou um boletim de ocorrência, no domingo (19/11), por meio da delegacia eletrônica. O Metrópoles apurou que, até a publicação desta reportagem, a denúncia ainda não constava nos registros da Polícia Civil.
Após o incidente, a mulher recebeu mensagens do pet shop, segundo o portal O Vale.
“Acidente pode acontecer, as tesouras foram afiadas e ela pode ter batido a língua na tesoura e o tosador não viu”, disse uma funcionária da loja.
O JK Pet Shop foi procurado pelo Metrópoles, nesta segunda-feira (20/11). Uma mulher, que não se identificou a afirmou ser dona da empresa, ficou de se posicionar sobre o caso, por meio de mensagem. Até a publicação desta reportagem, nenhuma manifestação havia sido encaminhada.
Outros casos
Com a repercussão do caso, outros relatos relacionados ao mesmo estabelecimento foram postados nas redes. Ao menos três pessoas afirmam que seus animais foram feridos após serem atendidos no local.
Em um deles, uma cadelinha tinha um dedo a mais, de nascença, e ele foi cortado. “Ela [desde então] tem trauma quando vai em qualquer pet shop tomar banho e começa a tremer sem parar”, disse a tutora.
Outra cliente afirma que sua cachorra também teve a língua cortada. “Fiquei estarrecida pela forma com a qual conduziram a situação. Trataram a minha cachorrinha como objeto. Não tiveram empatia em nenhum momento.”
*Metrópoles