Blitz Amazônico
Brasil

Henrique Marques, beneficiário do programa Bolsa Atleta, é campeão mundial de taekwondo na categoria até 80kg

Na decisão realizada no início da manhã desta segunda-feira (27/10) na China, brasileiro venceu Ziang Qizhang (CHN). É o segundo título do país na competição, após o ouro de Maria Clara Pacheco

Com apoio do Bolsa Atleta, Henrique Marques conquistou o ouro e seu primeiro título mundial. É o segundo topo do pódio do país no torneio – algo inédito para o Brasil em Mundiais – e a primeira conquista do taekwondo masculino do país em toda a história da competição. Foto: Miriam Jeske/COB

O Brasil brilhou no ponto mais alto do pódio, outra vez, no Mundial de Taekwondo 2025, disputado na China. Desta vez, com Henrique Marques levando o ouro na vitória por 2 a 0 sobre o chinês Xiang Qizhang. Henrique, que é bolsista do Programa Bolsa Atleta, descobriu o esporte em um projeto social, aos 8 anos de idade, em Porto das Caixas, bairro pobre de Itaboraí, RJ. Acumula títulos brasileiros e medalhas em jogos sulamericanos. Em 2023 Henrique descobriu uma arritmia cardíaca que quase o fez ficar fora do esporte para sempre. Mas ele passou por uma cirurgia, ficou meses sem treinar conseguiu superar o problema, integrar a seleção brasileira e disputar os jogos Olímpicos de Paris. Agora vive o seu melhor momento na China.
 

A conquista de Henrique Marques veio no início da manhã desta segunda-feira (27), a medalha de ouro na categoria -80kg do Mundial de Taekwondo 2025, em Wuxi, na República Popular da China. Na grande final, o brasileiro venceu o representante chinês no campeonato, Xiang Qizhang. Este é o segundo título do Brasil na competição, após o ouro de Maria Clara Pacheco, na última sexta (24).
 

O combate que valeu o campeonato da faixa de peso foi marcado por um começo de muito equilíbrio. Henrique fez os primeiros dois pontos a 30s do fim do round de abertura. Advertido perto do fim, o brasileiro fez 1 a 0 com 2 a 1. No segundo round, Henrique conseguiu mais toques no colete adversário do que o rival, mas sem pontuar. Após revisão de vídeo em um último golpe do chinês, foi confirmado que o movimento não entrou, assegurando o ouro e primeiro título mundial para Henrique. É o segundo topo do pódio do país no torneio, algo inédito para o Brasil em Mundiais. É a primeira conquista do taekwondo masculino do país em toda a história da competição.
 

As medalhas de bronze ficaram com aqueles que perderam as semifinais: Artiem Mytarev e Seo Geonwoo (KOR).
 

CAMPANHA – Henrique fez quatro lutas antes de chegar à final. A estreia foi diante do cubano Kelvin Calderón, em vitória por 2 rounds a 0, sem deixar o adversário fazer um ponto sequer. Nas oitavas de final, o brasileiro passou por Faysal Sawadogo (BUR), também por 2 a 0 (5 a 0 e 7 a 1). Nas quartas, a vitória foi sobre CJ Nickolas (USA), novamente através de 2 a 0 – disputados 3 a 2 no round de abertura e 7 a 4 no segundo e último.

A semifinal foi contra Artem Mytarev. Depois de um início equilibrado e bastante estudado, Henrique fez o primeiro ponto com pouco menos de um minuto de combate, não demorando para encaixar golpe e abrir 3 a 1, resultado do round inicial. O brasileiro voltou implacável para o segundo assalto, fazendo 4 a 0 e, em 40 segundos, conseguindo toque na cabeça e 7 a 0. Mytarev reagiu com boa sequência de acertos, conseguiu virar para 10 a 9, e confirmou vitória no round e empate.

No terceiro e decisivo round, Henrique manteve o controle e esperou a hora certa para atacar, não demorando para conseguir 3 a 0. Após acerto de Mytarev e punição, o brasileiro confirmou a vitória ao somar 4 a 2, passando para a grande final nos -80kg, contra Xiang Qizhang (CHN).

PROGRAMAÇÃO – A seleção brasileira voltará à ação para o antepenúltimo dia do Mundial de Taekwondo Wuxi 2025 entre segunda (27) e terça-feira (28). No feminino, Milena Titoneli (BRA) lutará na categoria -67kg, enquanto João Victor Diniz (BRA) será o representante do país no masculino -68kg.

As preliminares acontecem das 22:00 da segunda (27) às 3:00 de terça-feira (28). As oitavas e quartas de final são das 4:00 às 5:30 e entre as 6:30 e 8:30, no início da manhã de terça. Os horários são de Brasília.


De terça (28) para quarta (29) será a vez de Paulo Ricardo Melo (BRA) no masculino -58kg e Celydiene Carneiro (BRA) no feminino -62kg. Já no último dia de competições – entre quarta (29) e quinta-feira (30) – lutarão Nívea Maria da Silva (BRA) no feminino -53kg e o medalhista Olímpico em Paris 2024, Edival Pontes (BRA) no masculino -74kg.

ONIPRESENÇA — A capilaridade do Bolsa Atleta se reflete nos resultados do Brasil nos principais eventos mundiais. Em Paris, o Brasil fechou os Jogos Olímpicos com 20 medalhas, a segunda melhor marca da história. Foram três ouros, sete pratas e dez bronzes, que colocaram o país no 20º lugar do quadro geral. Como muitas modalidades são coletivas, foram 60 medalhistas. Desse grupo, 100% são integrantes do Bolsa Atleta ou estiveram em editais ao longo de suas carreiras. Já nos Jogos Paralímpicos, a campanha foi a melhor da história do país, com 89 medalhas (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes). O Brasil bateu o recorde de pódios, que era de 72, e chegou pela primeira vez no top 5, em quinto lugar. Todas as medalhas tiveram a digital do Bolsa Atleta.

REAJUSTE — O Bolsa Atleta atualmente conta com mais de 10 mil atletas contemplados, o maior número já registrado na história. Em 2024, o programa completou 20 anos e teve o primeiro reajuste de valores dos últimos 14 anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que aumentou as bolsas em 10,86%. No caso da Bolsa Pódio, os valores das Bolsas passaram a ser de R$ 5.543 mensais a R$ 16.629, de acordo com o lugar dos atletas no ranking mundial.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Post Relacionado

Inscrições para 460 vagas de concurso do Ibama estão abertas

EDI FARIAS

Ministério da Agricultura investiga suspeita de vaca louca no Pará

blitzamazonico

Últimos dias do Programa de Bolsas de Estudos para jovens negros em Manaus 

blitzamazonico