A Prefeitura de Manaus realizou dois dias de oficinas sobre o Plano de Ação Climática da cidade, que está em elaboração e deve ser apresentado durante a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém (PA). Nesta quinta-feira, 18/9, foi a vez da participação da sociedade civil. A programação, coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (Semmasclima), contou com apresentação dos resultados do Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) e da Análise de Vulnerabilidades Climáticas de Manaus, além de dinâmicas com o público, cujas contribuições serão utilizadas na construção do plano.
Na quarta-feira, 17/9, a oficina também reuniu membros do Comitê Municipal de Enfrentamento à Mudança do Clima, composto por 21 secretarias.
“Manaus é uma das poucas cidades do Brasil que terá um Plano de Ação Climática. Estamos ouvindo a população para que suas contribuições sejam utilizadas. A gestão do prefeito David Almeida está focada na qualidade de vida da população, no desenvolvimento sustentável e na segurança ambiental de Manaus”, afirmou o secretário da Semmasclima, Fransuá Matos.
Dentre as ações pontuadas pelos participantes, estão: mobilidade urbana, arborização, regularização fundiária e eficiência energética. O mestrando em Antropologia Social, Beto Oliveira, foi uma das pessoas que esteve na oficina.
“Um plano climático precisa ter a participação da sociedade civil, porque a gente traz as vivências de dentro dos territórios, sentindo todos os efeitos extremos que estão acontecendo. Discutir o clima é uma estratégia para permanecermos no mundo”, afirmou.
O coordenador de Projetos Climáticos da I Care, Victor Gonçalves, da empresa que participa da elaboração do plano explicou os passos. “A gente já realizou uma série de diagnósticos sobre como a cidade emite gases de efeito estufa, como está preparada para intempéries climáticas e agora vamos buscar respostas para estes desafios. Este é o momento da cidade definir as diretrizes que vão considerar as ações climáticas para os próximos 50 anos”, afirmou Victor.
Texto – Taianna Castro / Semmasclima
Foto – Valdo Leão / Semcom
